Quão saudável é o salmão?

O salmão é benéfico para a saúde, principalmente devido ao ômega-3, especificamente o DHA e EPA. Esses ácidos graxos têm sido consistentemente associados com benefícios para a saúde, incluindo a redução das taxas de acidente vascular cerebral e doenças cardíacas, além de efeitos anti-inflamatórios protetores contra obesidade, diabetes tipo 2 e declínio cognitivo.

O salmão contém mais ômega-3 do que qualquer outro alimento, tornando-se uma boa escolha para promover o desenvolvimento cerebral precoce e possivelmente prevenir declínio cognitivo relacionado à idade e doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Embora o corpo humano seja capaz de produzir algum DHA e EPA, a ingestão de alimentos ricos em ômega-3 pode garantir que o corpo e o cérebro recebam o suficiente. A Associação Americana de Cardiologia sugere o consumo de pelo menos duas porções de peixe, especialmente peixes gordos como o salmão, por semana.

Além do ômega-3 o salmão contém outros nutrientes, como proteínas, selênio e iodo, que complementam os efeitos saudáveis dessas gorduras. O foco deve ser no pacote completo que torna o salmão tão saudável.

Quanto ao tipo de salmão, há uma percepção de que o salmão selvagem e o de cativeiro diferem em termos de nutrientes e níveis de contaminantes. No entanto, pesquisas indicam que as diferenças nutricionais entre salmões selvagens e de cativeiro são mínimas. Um estudo examinou os valores nutricionais de diferentes tipos de salmão, concluindo que não há muita diferença entre o salmão selvagem e o de cativeiro.

Embora o salmão selvagem, como sockeye e chinook, seja considerado o mais rico nutricionalmente, o salmão de cativeiro, especialmente o do atlântico, apresenta níveis  somente ligeiramente mais baixos de ômega-3, proteínas e outros nutrientes benéficos. Essas diferenças são pequenas e outros fatores como a alimentação do salmão de cativeiro ou a época do ano em que um salmão selvagem é capturado podem também influenciar o seu nível nutricional.

Quanto a contaminantes como mercúrio, o salmão de cativeiro geralmente apresenta níveis mais baixos do que as variedades selvagens. No entanto, todos os níveis de mercúrio estavam muito abaixo dos padrões internacionais de segurança, tornando a preocupação com o mercúrio ao consumir salmão uma questão não significativa. O salmão, seja selvagem ou de cativeiro, não contém níveis prejudiciais de poluentes como bifenilos policlorados. Isso se deve em parte ao curto tempo de vida do salmão, que limita a absorção desses poluentes.

Para aqueles preocupados com o impacto ecológico de suas escolhas alimentares, o salmão traz algumas preocupações, como a pesca excessiva de espécies selvagens e poluentes relacionados à aquicultura. No entanto, em comparação com a maioria das fontes de proteína animal, todas as variedades de salmão apresentam uma pegada ambiental menor.

Ao comprar salmão, é recomendável procurar certificações, como do Marine Stewardship Council (MSC) ou do Best Aquaculture Practices (BAP). Essas certificações indicam que o salmão foi obtido de maneira sustentável e ética. Em última análise, todas as variedades de salmão são benéficas para a saúde e que a angústia sobre qual a melhor escolha não é necessária. Considerando que você goste do sabor, o salmão é realmente o peixe 'perfeito'.

Bibliografia:

ω-3 Fatty Acids and Cardiovascular Diseases: Effects, Mechanisms and Dietary Relevance

Nutritional Quality and Assessment of Contaminants in Farmed Atlantic Salmon (Salmo salar L.) of Different Origins

Fish and Omega-3 Fatty Acids

Anti-inflammatory effects of omega 3 and omega 6 polyunsaturated fatty acids in cardiovascular disease and metabolic syndrome

Omega-3 Fatty Acids, Cognition, and Brain Volume in Older Adults

Seafood Long-Chain n-3 Polyunsaturated Fatty Acids and Cardiovascular Disease